Ser professor no Japão é muito diferente do que exercer essa atividade em qualquer local do planeta.
Lá, essa é uma das profissões mais respeitadas, sendo que somente os professores não precisam se curvar diante do Imperador.
Veja nesse artigo mais informações de como essa profissão é exaltada no país e como isso é fundamental para um respeito maior à hierarquia tanto na escola, como quando se sai dela.
Ser professor no Japão e a relação com o Imperador
Uma das maiores curiosidades quando se fala sobre a profissão de educador no Japão, é que essa é a única profissão que não deve se curvar diante do Imperador.
Afinal de contas, a cultura japonesa respeita tanto os professores que sabe que sem um professor, não é nem mesmo possível existir um Imperador. Assim, mesmo essa autoridade sendo uma das principais do Japão, um professor é mais importante para a manutenção da sociedade e para que essa possa propagar suas riquezas.
Ser professor no Japão e a relação com a sociedade
Dentro da sociedade japonesa, um professor também é muito respeitado. Isso porque, um dos requisitos para lecionar, é que ele tenha estudado e se dedicado muito.
Afinal de contas, mesmo depois que os professores se formam, eles passam por um longo e difícil processo de seleção para poderem darem aulas nas escolas públicas.
Somente cerca de 40% de todos que se formam para lecionar conseguirão entrar nas escolas públicas. Logo, além de tudo, os alunos das escolas públicas possuem acesso aos melhores professores.
E como o salário não é ruim, um professor não precisa trabalhar em mais de um local para conseguir se sustentar, como acontece no Brasil. Ele pode, e é o que acontece com muitos professores, se aposentar dando aula somente.
Sendo assim, ser um professor no Japão é uma profissão muito bem vista e admirada pela sociedade como um todo.
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O processo para ser professor e o salário
Assim, além de fazer uma faculdade de educação, e passar por um rigoroso processo de seleção para conseguir dar aula no ensino público japonês, um professor ainda precisa realizar mais alguns procedimentos.
Inicialmente, quando ele se torna um professor, terá de fazer estágio por um ano com alguém que já dê aula a mais tempo. Isso faz com que ele possa ter um processo de adaptação e aprender na prática como é ser um educador.
Quando se tornam professores, eles irão dispor de um dos melhores salários de servidor público. Isso porque, logo após o final da II Guerra Mundial, em 1945, para que não houvesse uma defasagem no ensino, o governo determinou que os professores deveriam receber 30% a mais do que qualquer outro servidor público.
Essa foi uma medida encontrada para que, mesmo diante da miséria em que o país estava, não faltassem educadores para reconstruir o país.