Monarquia no Japão: a mais antiga do mundo

A monarquia no Japão existe há milhares de anos e é considerada aquele que continuou sem nenhuma interferência por mais tempo no mundo.

Ou seja, é uma monarquia que não foi interrompida há 1500 anos. Logo, a família imperial sempre esteve de certa maneira ocupando um cargo de poder.

Entretanto, isso não significa que hoje a família imperial tenha muitos poderes políticos. Isso modificou-se ao longo da história. Porém ela ainda existe e permanece sendo reconhecida por todos os japoneses.

Veja aqui como ela pode ser considerada a monarquia mais antiga do mundo e conheça um pouco de sua história.

Um resumo sobre a monarquia no Japão

O primeiro Imperador reconhecido na história do Japão é o Ojin. Algumas literaturas afirmam ter existido outros antes dele, mas não há embasamento histórico para tal afirmação.

Ojin provavelmente foi Imperador entre os séculos IV e V. Por conta disso, hoje já seriam mais de 1500 anos da continuidade do Japão Império. Desde então, seus descendentes ocupam o cargo de Imperador.

Entretanto, o Imperador não conseguia controlar tudo politicamente, havia outras famílias que, na verdade, o controlavam. Ao todo foram 6 famílias que controlaram o imperador no decorrer da história, sendo que a mais famosa foi a Tokugawa (1603-1867).

Porém, não era simples esse controle do Imperador, por conta disso, em muitos momentos houve conflitos entre essas famílias por essa disputa. E somente no final do século XIX que o então Imperador Meiji resolveu tomar o seu posto não somente como uma imagem, mas também atuar na política.

Assim, colocou-se fim ao xogunato Tokugawa e ele passou a governar o país, realizando a sua abertura para o ocidente. Desde então seguiram-se outros Imperadores que tiveram poder político até ano de 1945, ano em que o Japão assinou a sua rendição para os Estados Unidos da América na II Guerra Mundial.


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A monarquia no Japão nos dias de hoje

Atualmente, o Japão é um país que possui uma monarquia constitucional parlamentar. Ou seja, o Imperador é a imagem da constituição e da unidade do povo, mas o poder é exercido por um parlamento que possui um Primeiro Ministro que e escolhido pelos parlamentares.

Desde o final da II Guerra Mundial, o Imperador no Japão não possui mais poderes políticos. Isso aconteceu quando o Japão assinou a carta de rendição para os Estados Unidos da América e o Imperador revogou todos os seus poderes.

Até então ele era tido como uma imagem de Deus na terra, mas, ao revogar de seus poderes, passou a ser compreendido por muitos japoneses apenas como mais um ser humano, sendo passível tanto de acertos, como de erros.

Assim, hoje em dia a monarquia no Japão e a família imperial são mais um símbolo de respeito. Porém, as suas decisões não são de muita valia para a política, logo, tornaram-se uma imagem de união nacional e suas palavras são sempre respeitadas pelos cidadãos japoneses.