Para evitar se tornarem presas, alguns tipos de insetos usam mimetização para se misturarem ao ambiente. Mas no futuro imaginado do artista japonês Takumi Kama, quando o ambiente natural do inseto foi completamente destruído, esses mestres da camuflagem não terão outra escolha a não ser morar com aqueles que levaram sua casa.
Animais e insetos não são estranhos no trabalho do pintor japonês Takumi Kama, que os recria em pinturas acrílicas de incrível precisão e realismo.
Para uma exposição na galeria BAMI, em Kyoto, Kama criou dois insetos imaginários diferentes, os quais se camuflam no ambiente da cidade.
Um deles é o Hide-mushi, que recebe o nome de Hideo Noguchi, que aparece na nota de 1000 ienes (mushi significa inseto). Outro trocadilho no nome do inseto está na palavra “hide” (esconder) em inglês, fazendo alusão a capacidade de mimetização do inseto. O hide-mushi se camufla entre a moeda japonesa e se alimenta de papel, o que pode afetar sua cor.
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Em seguida, há o Comi-mushi, que se camufla entre as histórias em quadrinhos e as tirinhas de jornal. Muitas vezes, pode ser visto em livrarias e em lojas de conveniência, mas também é conhecido por aparecer nos dias em que caminhões de lixo pegam papel para a reciclagem.
Takumi Kama pintou esses insetos imaginários com tanto realismo que pode ser difícil dizer se são bidimensionais ou tridimensionais. Mas, com certeza, nenhuma moeda foi desfigurada em nome da arte. Absolutamente tudo, desde os insetos até as caixas de amostras, foi pintado em uma tela. Incrível, não é mesmo?
Fonte: Spoon&Tamago