Faltam menos de 30 dias para a Olimpíada no Japão, por conta disso, alguns atletas já estão indo para o país. E isso se tornou um problema, visto que alguns já testaram positivo e com uma nova variante do coronavírus.
Isso aconteceu com a delegação de Uganda, e não há nada que impeça que isso venha a acontecer com outros atletas, afinal de contas, mesmo om todos os cuidados, as novas variantes são altamente contagiantes.
Saiba mais sobre o caso e como isso tem preocupado os organizadores dos jogos olímpicos.
Olimpíada no Japão e os atletas contaminados com coronavírus
Um técnico da delegação da nação da África Oriental testou positivo após chegar ao Japão, enquanto um segundo membro, um atleta, testou positivo depois de chegar à cidade-sede da equipe, Izumisano, Prefeitura de Osaka, de acordo com as autoridades do Japão.
O Ministro das Olimpíadas, Tamayo Marukawa, disse em uma entrevista coletiva que um deles tinha a variante Delta altamente infecciosa e que uma análise também estava sendo conduzida no segundo caso confirmado.
Marukawa também disse que consultaria outros ministérios e faria contato com os que estão no terreno sobre quais medidas são necessárias.
O tratamento do caso gerou críticas de autoridades e especialistas locais e alimentou preocupações sobre o que está por vir.
Embora um dos membros tenha testado positivo para o vírus no aeroporto, os demais viajaram para a cidade-sede em um ônibus, acompanhados por três autoridades municipais, disse um oficial do Izumisano. Essas pessoas só foram designadas como “contatos próximos” dias depois. Portanto, o vírus pode ter se espalho ainda mais.
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A situação do coronavírus antes da Olimpíada no Japão
Um declínio no ritmo de novos casos e uma aceleração na implementação da vacinação levaram as autoridades a amenizar o estado de emergência em Tóquio e em outras oito prefeituras no domingo.
Mas os especialistas estão preocupados com um novo aumento de casos em Tóquio, bem como com a disseminação de variantes mais transmissíveis. Tóquio registrou 570 novos casos de COVID-19 na quinta-feira, ante 452 no mesmo dia uma semana antes.
O governo e os organizadores do Japão prometeram tornar os Jogos, que começam em 23 de julho, “seguros e protegidos”. Mas muitos japoneses permanecem céticos quanto à possibilidade de realizar até mesmo Jogos em menor escala com segurança durante a pandemia.
Os organizadores excluíram os espectadores estrangeiros e limitaram o número de nacionais para o evento. Álcool, tapinhas de mão e falar alto serão proibidos nos estádios.
O ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, o encarregado do governo sobre a resposta à pandemia, disse que as autoridades precisavam manter a variante Delta em mente, dada a experiência nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, onde se espalhou rapidamente. A variante, detectada pela primeira vez na Índia, foi responsável por 3% dos novos casos no Japão, disse ele.
“Considerando que a variante Delta se espalhará … é importante continuar medidas fortes”, disse ele a repórteres.
Nishimura disse que medidas mais firmes serão tomadas se as infecções se espalharem a “certo grau” ou se os hospitais estiverem sobrecarregados, mas um novo estado de emergência não seria imposto imediatamente.
Algumas áreas, incluindo Tóquio, permanecem sob restrições de “quase-emergência”, incluindo limites à venda de bebidas alcoólicas em restaurantes. A proibição pode precisar ser reimposta, disse Nishimura.