Um dos crimes que mais chocou o Japão foi o sequestro de Fusako Sano. Ao todo, o sequestro durou 9 anos e dois meses.
Até hoje o sequestro é comentado no país e como a vida dessa menina acabou sendo arruinada sem que ninguém ficasse sem notícias dela por quase 10 anos.
O sequestro de Fusako Sano
Fusako Sano tinha somente 9 anos de idade quando foi sequestrada. Ela morava em uma pequena cidade no Japão, e era uma típica estudante do ensino fundamental com uma vida mediana.
Entretanto, em um dia, quando fazia o caminho entre a escola e sua casa, um homem violento e perturbado, Nobuyuki Sato de 27 anos a viu, a quis e a levou. Ele a trouxe para seu quarto e a manteve por quase 10 anos.
Fusako estava assistindo a um jogo de beisebol depois da escola e, quando terminou, ela estava voltando para casa. Os alunos no Japão geralmente vão e vêm da escola a pé, de bicicleta ou de transporte público sem supervisão de um adulto.
Infelizmente, em 13 de novembro de 1990, ninguém testemunhou quando um carro parou e se aproximou de Fusako enquanto ela caminhava. O sequestrador se chamava Nobuyuki Sato.
Nabuyuki não era alguém que tinha passado dificuldades financeiras em sua vida. Mas, depois da morte de seu pai, suas tendências a violência aumentaram. Chegando até mesmo a espancar a sua mãe.
Em junho de 1989, um pouco mais de um ano antes de Nobuyuki sequestrar Fusako, ele tentou sequestrar outra garota. Nobuyuki avistou uma garota do ensino fundamental na rua. Enquanto ele tentava agarrá-la e levá-la embora, um amigo a viu e gritou por socorro. Um professor próximo correu e abordou Nobuyuki e chamou a polícia.
Nobuyuki foi preso e condenado por tentativa de sequestro da garota. No entanto, como esta foi sua primeira ofensa, ele foi condenado a um ano de prisão e solto. Então, em 20 de novembro de 1990, ele avistou Fusako caminhando pela rua.
Nobuyuki estava dirigindo pela estrada da fazenda onde Fusako caminhava e decidiu sequestrá-la. Usando uma faca, ele foi até Fusako e a segurou contra o peito dela. Em seguida, Fusako foi colada no porta-malas de seu carro e o sequestrador dirigiu para sua casa.
Ao chegar em casa, ele a levou para seu quarto e a amarrou. Ele também colocou fita adesiva em sua boca para que ela não pudesse gritar. Então, voltou para seu carro, dirigiu até a entrada e estacionou em sua vaga de costume. Entrando em sua casa, ele cumprimentou sua mãe e agiu como se tivesse acabado de chegar em casa.
Ele sabia que sua mãe não subiria, pois ele a proibia de entrar em seu quarto e tinha ataques violentos se ela subisse. Em seu quarto, ele ameaçou Fusako de morte para que ela não gritasse.
Seguiram-se os anos de tortura e estupros. Além disso, o quarto em que ela estava era escuro o que trouxe uma série de problemas e saúde, e sua alimentação era horrível, o que fez com que perdesse muito peso e ficasse subnutrida.
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A resolução do sequestro de Fusako Sano
No dia em que Fusako desapareceu por volta das 19h45, sua mãe contatou a polícia quando Fusako nunca mais voltou para casa. No início, a Polícia Municipal de Niigata, em Sanjo, reuniu mais de 100 pessoas para fazer buscas no bairro. No dia seguinte, cresceu para 200 pessoas.
No terceiro dia de 15 de novembro, uma unidade especial foi montada com 107 policiais tentando localizar Fusako. A polícia expandiu a busca para cidades vizinhas e houve buscas terrestres e aéreas, mas ninguém conseguiu encontrar Fusako.
Mais de 20.000 pôsteres com o rosto e o nome de Fusako foram distribuídos em toda a prefeitura, mas a polícia não conseguiu encontrar nenhuma pista. Ao mesmo tempo, havia um grupo que acreditava que Fusako havia sido sequestrado pela Coreia do Norte.
Apesar de seguir todas as pistas de potenciais criminosos sexuais na área, a polícia não questionou Nobuyuki. Por engano ou por ignorância, o nome de Nobuyuki não apareceu na lista de nomes que a polícia tinha de criminosos sexuais na área.
Finalmente, em 28 de janeiro de 2000, sete médicos e profissionais de saúde do centro visitaram a casa. Cinco deles entraram na casa e apesar de não obterem nenhuma resposta do andar de cima, dirigiram-se ao segundo andar para o quarto de Nobuyuki. Quando eles abriram a porta, Nobuyuki, que estava dormindo, acordou e gritou: “Por que você está no meu quarto?”
Assim que a equipe explicou sua presença, ele começou a gritar descontroladamente e a entrar em um ataque de raiva. A equipe conseguiu segurá-lo para injetar um sedativo. Em seguida, ele adormeceu e a equipe decidiu acompanhá-lo até um hospital. Eles também notaram algo se movendo sob um cobertor e quando removeram o cobertor encontraram Fusako.
Nobuyuki foi considerado culpado e condenado a 14 anos de prisão. Sua equipe recorreu e, em seu segundo julgamento, a Suprema Corte de Tóquio reduziu sua sentença para 11 anos. Mas, a acusação apelou do caso e ele foi enviado ao Supremo Tribunal Japonês, que decidiu restabelecer sua sentença original de 14 anos.
Fonte: Medium.com.