O Japão proíbe meninas que estão na escola de se comportarem como bem quiserem. Além disso, impõe a elas uma série de regras de moda. Mas, de acordo com os responsáveis pela educação no país, há um motivo para isso.
Veja aqui porque as meninas que vão às escolas no Japão precisam seguir um rigoroso dress code.
Japão proíbe meninas de fazerem o que querem com os cabelos
As escolas japonesas proíbem as alunas de usar o cabelo em rabos de cavalo, porque a “nuca” poderia “excitar sexualmente” os alunos do sexo masculino. Mas, não é somente isso que deve ser seguido.
Outra regra e que elas não podem usar calcinhas coloridas, somente é permitido o uso de calcinhas brancas. Esse tipo de medida já chegou ao absurdo de meninas passarem por vistoria para se ter certeza de que elas estão seguindo corretamente a regra.
Por muitos anos esse tipo de regra foi considerada normal na sociedade japonesa. Entretanto, nos últimos anos essas regras passaram por questionamentos. E há pressão para que o governo japonês reveja esse tipo de regra e permita que as meninas possam ter a liberdade de se expressarem com os seus cabelos da maneira que acharem melhor.
Além disso, a crítica aponta para como a regra é sexista, visto que, a menina é colocada como um objeto que deve se vestir de um determinado jeito para não ser atraente para um homem. Enquanto os meninos não precisam rever seu comportamento.
Leia também:
- Provas de que o Japão é um dos países mais responsáveis do mundo;
- Beni-imo: a batata-roxa japonesa extremamente saudável e a mais saborosa que existe;
- Calendários no Japão: mesmo com a informatização os japoneses ainda os amam.
Japão proíbe meninas de terem o cabelo que quiserem e de se vestirem como querem
Não é somente sobre os cabelos e as roupas íntimas das estudantes japonesas que o governo cuida. As escolas impõem mais restrições, como a cor das meias das crianças, o comprimento da saia e até o formato das sobrancelhas.
Além disso, as meninas também não podem colorir o cabelo, como você já deve ter imaginado. E, caso alguém chegue na escola com o cabelo de outra cor que não preto, precisa provar que aquela cor de cabelo é a sua naturalmente.
O mesmo é válido para caso a aluna tenha o cabelo enrolado. Ela precisará provar que esse é o seu cabelo natural e que não fez nada para que ele ficasse dessa maneira.
Essa regras são conhecidas como buraku kōsoku, as chamadas regras negras. Elas remontam à década de 1870, quando o governo japonês estabeleceu pela primeira vez um sistema regulamentado de educação e começou a promover a educação para todos.
De acordo com o New York Post, naquela época, as regras escolares eram extremamente restritivas com o objetivo de reduzir a violência nas escolas. Com o tempo, as regras começaram a variar entre gerações e escolas, mas o resultado é consistente: todo mundo é igual. E hoje essas regras permanecem enquanto um meio de reprimir meninas e meninos nas escolas enquanto uma forma de promover a chamada disciplina japonesa.