A polêmica envolvendo a solicitação de documentos de identificação para estrangeiros residentes nos hotéis japoneses vem gerando debate.
Antes de mais nada, é importante entender que a lei de negócios hoteleiros exige apenas que estrangeiros que vivem fora do Japão apresentem documentos de identificação.
Em contrapartida, os recepcionistas de hotéis às vezes pedem documentos de identificação de estrangeiros que vivem no Japão com base em seus nomes ou aparência.
Contudo, o comunicado do governo de Kagawa deixa claro que, se um hóspede fornecer um endereço doméstico, mesmo que seu nome ou outras informações sugiram que é um estrangeiro, nenhuma confirmação adicional é necessária.
Consequências da discriminação
Essa situação afeta principalmente os estrangeiros residentes no país, que enfrentam uma discriminação velada. Por exemplo, uma mulher sul-coreana que morava em Osaka foi solicitada a mostrar seu cartão de residência antes de se hospedar em um hotel em Utazu.
Esses casos semelhantes ocorreram em outras acomodações pelo país, com alguns estabelecimentos mencionando em seus sites que “recusarão” hóspedes que não apresentarem os documentos solicitados.
De acordo com um funcionário do governo, embora não haja intenção maliciosa por trás dos pedidos, eles efetivamente constituem uma violação dos direitos humanos.
Nesse sentido, é fundamental conscientizar os hotéis e a população sobre a importância do respeito aos direitos humanos de todos os indivíduos, independentemente de sua nacionalidade.
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Ação para mudar a situação
Mun Gong Hwi, de uma ONG de Osaka, destacou que mudar sua abordagem com base na nacionalidade, sem motivo lógico, é discriminação.
A princípio, o exemplo positivo da abordagem da província de Kagawa deve ser divulgado como uma referência para outras regiões do Japão. Em síntese, a conscientização e a mudança de atitude são fundamentais para garantir a igualdade de tratamento a todos os estrangeiros residentes no país.
Fonte: Japan Today