Japão posiciona mísseis em ilha em resposta à crescente ameaça chinesa

O posicionamento dos mísseis japoneses em uma ilha remota ao sul, perto das disputadas ilhas Senkaku e Taiwan, é uma tentativa do Japão de enfrentar a crescente ameaça chinesa na região. Neste artigo, examinaremos as razões por trás dessa decisão e as implicações para a segurança regional.

A ilha em questão, Ishigaki, fica a menos de 200 km ao sul das ilhas Senkaku, no Mar da China Oriental, controladas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim. A presença de navios da guarda costeira chinesa nas águas japonesas ao redor das ilhotas desabitadas é uma preocupação crescente para o Japão.

Além disso, Ishigaki está situada a cerca de 300 km a leste de Taiwan, uma ilha democrática autônoma vista pelo governo chinês como uma província separatista a ser reunificada com o continente, à força, se necessário.

Mísseis japoneses: um elemento-chave na estratégia de defesa

O Japão tem procurado fortalecer suas capacidades de defesa e melhorar a infraestrutura na região sudoeste. Em dezembro do ano passado, o governo japonês atualizou suas políticas de defesa, incluindo diretrizes de longo prazo da Estratégia de Segurança Nacional. Nesse contexto, os mísseis japoneses desempenham um papel fundamental na estratégia de defesa do país.

O Japão estabeleceu guarnições nas ilhas Yonaguni, Miyako e Amami, com unidades de mísseis, visando aumentar a segurança na região. No entanto, o plano de implantação da GSDF (Força Terrestre de Autodefesa) na ilha de Ishigaki enfrentou oposição de alguns moradores locais.

Ainda assim, o prefeito de Ishigaki afirmou em 2016 que a cidade aceitaria a implantação. Todavia, um protesto aconteceu perto do portão da guarnição recentemente, com cerca de 30 pessoas, incluindo moradores locais, pedindo a remoção da base de mísseis.


Leia também


A cooperação entre as nações afetadas pela presença militar chinesa é essencial para manter a estabilidade na região. Países como os Estados Unidos e Austrália desempenham um papel importante no apoio ao Japão e a outros países na área. Além disso, o envolvimento diplomático e o diálogo entre as partes envolvidas são cruciais para evitar escaladas desnecessárias de conflito.

Fonte: Kyodo