No Japão, os exoesqueletos surgiram especialmente para auxiliar os idosos. Em 2015, 26% da população japonesa era composta por pessoas acima dos 65 anos. Em 2055 essa taxa subirá para mais de 40%.
Porém, mais do que servir aos seniores em suas tarefas diárias, as empresas produtoras de exoesqueletos, como a Innophys, estão de olho no aumento da produção para outros fins.
Declínio populacional
Existe um declínio na taxa de natalidade considerável nos últimos anos. No entanto, nenhum país vê esse quadro de maneira tão dramática quanto o Japão. Aliás, esse problema é um dos mais graves que o país enfrenta.
Isso porque com cada vez menos jovens no mercado de trabalho, menor é a receita arrecadada pelo governo e mais insegura se torna a vida dos idosos aposentados. E é exatamente aí que a ambivalência dos exoesqueletos do Japão está.
Mercado de trabalho
A empresa japonesa Innophys desenvolveu um exoesqueleto do tamanho de uma mochila e que acionam os “músculos” com pressões manuais.
Além de ser uma das mais econômicas disponíveis no mercado (cerca de U$ 1.300,00), é também uma das mais práticas para o uso diário.
Volta ao trabalho
E é com foco nesse uso diário que as empresas especializadas estão aumentando sua produção. Para que idosos possam realizar suas atividades cotidianas com mais conforto e possam voltar a trabalhar.
A crise de mão de obra qualificada no mercado de trabalho e as inseguranças sociais causadas pelo envelhecimento da população estão levando japoneses acima dos 65 anos a voltarem para seus postos de trabalho.
Empresas como Panasonic e Toyota, por exemplo, estão trabalhando no desenvolvimento de exoesqueletos focados na força de trabalho envelhecida do país.
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Enquanto o governo japonês em conjunto com a sociedade civil não criarem leis que atraiam mais estrangeiros para ocupar postos no mercado de trabalho será comum ver idosos de até 70 anos (ou mais) trabalhando.
Apesar das novas leis e incentivos criados nos últimos anos, poucas pessoas foram aceitas no país e outras sequer demonstraram interesse.
Em 2018, por exemplo, o governo japonês lançou uma campanha de boas vindas a yonsei brasileiros que desejassem trabalhar e morar no país.
Entre julho (abertura) até outubro, nenhum brasileiro tinha ido ao consulado por causa das diversas restrições impostas.
Para saber mais clique em Yonsei da quarta geração não demonstra interesse em morar no Japão (até agora)
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