O que a educação no Brasil pode aprender com o retorno às aulas no Japão

O retorno às aulas no Japão depois da pausa por conta da pandemia do novo coronavírus, tem  servido de exemplo para o mundo inteiro.

Em um momento em que os governos dos estados brasileiros cogitam a volta às aulas, mas parecem ainda não ter estratégias eficientes para que esse retorno aconteça de maneira segura, vale a pena conhecer mais sobre como tem ocorrido esta retomada no Japão.

Veja neste artigo alguns exemplos de casos bem-sucedidos de retorno às aulas no Japão. Entretanto, vale ressaltar, antes de apontas os méritos do Japão, que não significa que o que foi feito ali deve ser aplicado igualmente no Brasil. Mas é preciso aprender com essa experiência e tentar adaptar a realidade brasileira.

O retorno às aulas no Japão

O primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus no Japão aconteceu em janeiro. E logo veio a escalada dos casos. Boa parte das escolas de ensino fundamental, secundário e médio foram fechadas.

Mas, com a desaceleração de novos casos, já em maio, as escolas começaram a ser reabertas. A ideia de abertura era a de que será impossível zerar o risco de contaminação. Mas é possível reduzi-lo ao máximo.

Medidas básicas para o retorno às aulas no Japão

O Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) do Japão colocou 3 medidas como básicas para evitar o contágio. São elas:

  1. Eliminar as fontes de contaminação.
  2. Cortar a rota de transmissão.
  3. Aumentar a resistência.

Agora, vejamos o que tem sido feito para seguir cada um desses pontos.

1. Eliminar as fontes de contaminação

Para isso, alunos e professores não podem entrar nas escolas caso apresentem qualquer sintoma de gripe.

Todas as manhã os alunos preenchem em suas casas uma lista de observação da saúde com dados que dizem respeito à temperatura corpora. Os funcionários da escola checam os dados antes das crianças entrarem.

2. Cortar a rota de transmissão

Para que esse item seja atendido, os alunos são orientados a não tocarem em suas bocas, olhos ou nariz. Em seguida, assim que chegam nas escolas já devem lavar as mãos. Também são orientados a como fazer a limpeza mais adequada.

Também são orientados a como devem tossir.

Para higienizar a escola, as maçanetas, corrimões, interruptores e materiais didáticos da slaa de aula são impos mais de uma vez por dia.

3. Aumentar a resistência

Os alunos são orientados a dormirem bem, fazer exercícios moderados e a terem refeições equilibradas.


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Outras medidas para o retorno às aulas no Japão

Além das medidas básicas, as salas devem estar bem ventiladas, com as janelas sempre abertas e em mais de uma direção.

Mesmo que tenha ar condicionado, as janelas devem estar abertas.

As mesas dos alunos também ficam a 1 metro de distância uma das outras. E no caso onde há aumento de casos, elas ficam a 2 metros de distância. Neste último caso, os alunos podem ser divididos em duas turmas e assistirem às aulas em escalonamento.

Na escola, os alunos também são orientados a como usar a máscara corretamente.

Por fim, somada a todas essas medidas, as atividades como educação física também possuem seus protocolos. Assim, no caso de alta contaminação, ela só será feia individualmente ou com um pequeno grupo, além de ser realizada em um curto tempo.

Assim, no caso de baixa contaminação, serão tomadas as medidas tidas como suficiente.