A Sharp Corp. do Japão reportou, nesta segunda-feira (7), que uma pesquisa inédita mostrou que sua tecnologia de purificação de ar é capaz de reduzir as partículas de coronavírus transportadas pelo ar.
A fabricante de eletrônicos, com sede em Osaka, disse que sua tecnologia de Plasmacluster, que emite íons de hidrogênio positivos e íons de oxigênio negativos através da descarga de plasma, reduziu as partículas de coronavírus em cerca de 90 por cento em um experimento conduzido em conjunto com a Universidade de Nagasaki e a Universidade Shimane.
Como a pesquisa foi realizada em pequena escala e em um ambiente controlado, ainda não se sabe ao certo o quão eficaz a tecnologia seria em um ambiente amplo.
No experimento, os pesquisadores pulverizaram uma solução contendo coronavírus em um aparelho de três litros equipado com um dispositivo plasmacluster.
A solução aerossolizada foi então recuperada após ser exposta aos íons de aglomerado de plasma por 30 segundos para verificar o efeito inibitório.
Resultado da purificação do ar
O resultado da infecção na solução recuperada foi reduzido em 91,3 por cento em comparação com aquele que não foi exposto aos íons de plasmacluster, disse a Sharp.
“Com base no resultado deste experimento, iremos considerar e fornecer usos eficazes da tecnologia plasmacluster para mitigar o risco de infecção por coronavírus”, disse Masahiro Okitsu, que chefia a divisão de aparelhos e soluções inteligentes da Sharp.
Okitsu diz que o próximo passo é realizar um teste que simule mais de perto um ambiente da vida real.
Os íons de hidrogênio positivos e íons de oxigênio negativos emitidos pelos dispositivos plasmacluster aderem à superfície de vírus, fungos ou outras substâncias transportados pelo ar.
Os íons então se ligam e se tornam radicais OH que podem inibir os vírus ao retirar o hidrogênio da proteína por meio de seu poder oxidante.
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