Os estudantes e trabalhadores japoneses são conhecidos mundialmente por terem uma rotina extremamente cansativa. A ética do trabalho no Japão faz com que tenha reconhecimento a pessoa que se dedica muito para obter sucesso profissional.
Entretanto, isso traz problemas para a sociedade. Por exemplo, aumentam cada vez mais os números de pessoas que acabam morrendo, literalmente, de tanto trabalhar. Porém, será que é sempre assim? Será que existe algo diferente nessa relação de trabalho no Japão?
Diante disso, conheça aqui um pouco mais sobre essa ética de trabalho no Japão e veja também alguns mitos que existem em torno dela.
Os trabalhadores japoneses e as horas trabalhadas
Antes de mais nada, vamos ver as estatísticas a respeito das horas trabalhadas e comparadas entre diferentes países em resultados do relatório mundial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, do ano de 2013:
- Japão: 1735 horas por ano;
- Coreia do Sul: 2.163 horas por ano (resultado de 2012);
- Reino Unido: 1669 horas por ano;
- EUA: 1788 horas por ano;
- França: 1489 horas por ano.
O que esses números nos mostram é que os japoneses trabalhariam menos horas do que m muitos países. Ou seja, será que na verdade eles trabalham pouco?! Não, é ao contrário. Esses números levam em consideração, muitas vezes, as horas extras. Em muitas empresas elas não são nem mesmo lançadas nos livros oficiais, apesar de serem devidamente pagas.
Outra questão que faz com que os números sejam inferiores quando comparados com outros países, é que muitas pessoas trabalham meio período. Portanto, isso faz com que a média de horas trabalhadas tendam a diminuir quando se fala nacionalmente.
Além disso, normalmente os trabalhadores japoneses passam do horário e isso não é contabilizado. Por exemplo, se alguém é garçom em um restaurante, após o atendimento, é preciso que ele fique para fazer a limpeza do local. Essas horas a mais trabalhadas acabam não sendo contabilizadas.
Portanto, esse tipo de estatística nos revela somente uma informação distorcida da realidade do mundo do trabalho no Japão.
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Os estudantes japoneses e as longas horas de estudo
Antes mesmo de entrarem no mercado de trabalho, uma das tarefas que mais exige de um japonês é a escola. Assim, em muitos casos, para dar conta dos conteúdos e também irem para boas universidades, os estudantes precisam ir para as escolas e depois ir para cursos especiais. Depois, eles ainda precisam fazer as atividades em casa.
Portanto, não é incomum ver um aluno que passa literalmente o dia inteiro estudando no Japão. Logo, já saem da escola acostumados com a exaustão. Assim, quando estão no mercado de trabalho e precisam se dedicar longas horas à uma empresa, já estão adaptados.
Essas rotinas do japonês tendem a cada dia mais se tornar um problema social. Este tem sido um dos maiores desafios tanto para o governo, como para psicólogos e gestores lidarem.