iFood do Japão: erro faz com que pessoas consumam de graça… há 3 anos

O iFood do Japão, ou melhor, a empresa Demae-Can está passando por grandes problemas. Muitos usuários conseguiram consumir gratuitamente durante 3 anos!

O pior é que agora a Demae-Can está querendo fazer todas as cobranças. Os usuários terão de acertar as contas em duas semanas. Assim, muitos deles, como era de se esperar, estão desesperados. Afinal de contas, alguns dos valores são mais de 2 mil reais.

Conheça mais sobre como isso aconteceu e como os japoneses estão reagindo ao erro da empresa.

O erro de processamento de pagamento do iFood do Japão

“Estou sendo cobrado 60.000 ienes (cerca de US $ 547 ou praticamente R$ 3.000,00) agora. Eu vou morrer.” “Recebi uma mensagem unilateral dizendo-me para pagar dentro de duas semanas devido a um erro de pagamento.” Estas são apenas algumas das mensagens que foram postadas nas redes sociais por usuários do serviço de entrega de comida em casa Demae-can depois que foi descoberto, em 30 de junho, que um erro no processamento de pagamento de certos pedidos nos últimos três anos essencialmente permitiu que as pessoas comer comida entregue gratuitamente.

Em um aviso apenas para os usuários afetados, Demae-can afirmou que, embora uma parte dos pedidos feitos por meio de aplicativos de pagamento das operadoras de telefonia móvel (ou seja, DoCoMo, au e SoftBank) foram aceitos e a comida foi entregue, uma falha no sistema no Demae-can fez com que as operadoras reembolsassem ou cancelassem quaisquer cobranças.

Aqui está a parte difícil. A empresa começou a aceitar pagamentos de operadoras de telefonia móvel em 24 de agosto de 2018 e a falha parece ter ocorrido a qualquer momento entre agosto de 2018 e 15 de abril de 2021. Assim, a Demae-can agora está buscando pagamentos retroativos de quantia total de usuários afetados durante todo esse período.


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E o que acontecerá com os usuários afetados pelo iFood do Japão?

Já é de se esperar que esses usuários japoneses estão no mínimo enfurecidos. Afinal de contas, eles terão de pagar essas quantias absurdas em um curto tempo sendo que não são responsáveis pelo erro da plataforma.

Essa história nos deixa com mais perguntas do que respostas disponíveis até o momento: afinal de contas, por que demorou tanto para alguém perceber o erro do sistema? Quantos usuários foram afetados e quanto dinheiro foi perdido? O que aconteceria se alguém se recusasse a pagar o dinheiro que tecnicamente deve a Demae-can?

Por enquanto, essas são as mesmas questões que estão na cabeça de todos os japoneses. E de alguns, com certeza, sobre como farão para pagar essa cifra.

A empresa ainda não se manifestou formalmente sobre os detalhes.

Enquanto esperamos por mais informações, vamos nos concentrar em uma memória mais feliz da empresa – como aquela vez em que eles se juntaram a Yoshinoya para entregar tigelas de carne aos trabalhadores médicos por meio de drone. Mas, o que parece agora é que a empresa está muito atrás nas questões tecnológicas.