Por que os japoneses não ficam perto de estrangeiros no transporte público?

A cena do transporte público cheio é comum em todos os lugares do mundo. Entretanto, no Japão, é possível achar um lugar vazio. Isso acontece porque muitos japoneses não ficam perto de estrangeiros. Assim, se um estrangeiro estiver sentado em uma poltrona, provavelmente, não haverá ninguém ao seu lado.

É isso mesmo, muitos japoneses vão preferir ficar em pé à correr o risco de encostar em um estrangeiro. Para alguns, somente estar tão perto do estrangeiro não é visto com bons olhos.

Conheça aqui esses motivos e como esses atos revelam como a sociedade japonesa ainda precisa rever muitos de seus atos preconceituosos.

Microagressões: os japoneses não ficam perto de estrangeiros no transporte público

Não são todos os estrangeiros que passam por situações como essa. Mas, ela realmente. E, aqueles que passam por isso muitas vezes, acabam se sentindo mal e não bem recepcionado no país.

Como destaca o site Japan Info, isso pode ser considerado como um caso de microagressão.

Microagressões são atos e observações que fazem as pessoas se sentirem agredidas ou insultadas devido à sua raça, sexo, religião, etc.

Mesmo que a ação em si não tenha sido feita com a intenção de prejudicar outras pessoas. É um termo complicado, com certeza, uma vez que coloca ênfase nas emoções das pessoas, desencadeando mais debates sobre se aqueles que se sentiram magoados estão sendo hipersensíveis ou se uma ação prejudicial ocorreu.

As microagressões acontecem em todos os lugares, não importa o país; e também podem ser predominantes em locais de trabalho e escolas.


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No Japão, uma das ações mais comuns das quais as pessoas reclamam é quando os japoneses perguntam aos estrangeiros se eles podem usar os pauzinhos.  Para alguns, é uma pergunta simples com uma resposta “sim” ou “não”. Para outros, no entanto, é uma microagressão muito prejudicial que continua a colocar uma barreira entre “nós” e “eles”.

Da mesma forma, aqueles que se sentem magoados quando as pessoas não se sentam ao lado deles verão o fenômeno como uma microagressão; um ato que é tão sutil e inocente por natureza, mas com efeitos de longo prazo sobre aqueles que está afetando.

As conversas em torno deste tópico tendem a tirar duas conclusões diferentes: que o fenômeno é um ato de xenofobia, ou que aqueles que se queixam dele estão exagerando demais. Com base nisso, é fácil ver que assuntos envolvendo o que as pessoas percebem como microagressões podem ser muito polarizadores.

Então, qual seria? Para dizer a verdade, não há uma resposta clara aqui. Quando questionados sobre isso, alguns japoneses podem se tornar muito defensivos, inventando desculpas bobas para justificar o comportamento. Essas reações podem, é claro, apoiar a hipótese de que o fenômeno mostra um certo racismo das pessoas.

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