Um recente estudo declarou que um curry japonês por semana ajuda a manter o cérebro no auge e, assim, evita a demência.
Já se sabe há algum tempo que a mistura de especiarias encontradas no curry pode levar a uma ampla gama de benefícios à saúde, desde uma melhor digestão até uma pressão arterial mais baixa. Mas a questão permanecia se tudo isso também era verdade para o curry japonês.
Embora mais ou menos a mesma comida, as diferenças entre o curry indiano e o japonês podem ser bastante gritantes. É por conta disso que coloca-se em dúvida em dúvida os benefícios nutricionais deste último. Uma comparação justa pode ser a diferença entre as pizzas italianas e americanas, em que são a mesma ideia básica, mas experiências gastronômicas completamente diferentes.
A realização da pesquisa sobre o curry japonês
Essa questão era de particular interesse para a House Foods, uma das principais fabricantes de curry japonês.
Foi descoberto que tem benefícios semelhantes, então eles lançaram um estudo com a ajuda de professores da Universidade de Tóquio e da Universidade Nishogakusha, também em Tóquio. Estudos anteriores de House descobriram que o curry japonês pode ajudar a suprimir reações adversas à poluição do ar e também prevenir artérias endurecidas, mas esta última descoberta pode ser a mais útil até agora.
Ele se baseia em um estudo realizado em Cingapura que encontrou uma conexão entre comer curry e funções cognitivas saudáveis. No entanto, por causa das diferenças no curry entre os dois países, um teste semelhante separado teria que ser realizado para ver se era verdade também com o curry japonês.
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Como foi realizado o estudo sobre o curry japonês
O estudo reuniu mais de 2.000 pessoas com 50 anos ou mais, divididas em grupos com base na frequência com que comem curry e se o consumiram dessa maneira por um longo período (mais de um ano) ou curto período (menos de um ano). Por exemplo, o grupo de maior frequência come curry quatro vezes por mês por mais de um ano até o momento do estudo.
Cada sujeito recebeu então uma avaliação de risco de demência DASC-21 e suas pontuações relativas foram comparadas. Curiosamente, havia uma forte correlação entre os resultados dos testes e a frequência do consumo de curry a longo prazo. Aqueles que comiam curry menos de uma vez por mês receberam um valor base médio de 1 para risco de demência, aqueles que comiam uma vez por mês caíram para 0,834, depois para 0,754 para aqueles que comiam duas ou três vezes por mês, e até mais abaixo para 0,718 para quem comeu caril quatro vezes por mês ou mais.
Tal correlação não pôde ser encontrada em pessoas que comiam curry nessas mesmas frequências a curto prazo (menos de um ano). No entanto, aqueles que comiam curry mais de duas vezes por mês a curto prazo se saíram melhor do que aqueles que comiam uma vez por mês ou menos a longo prazo (mais de um ano).
Embora pareça haver uma ligação entre o curry e uma chance reduzida de demência, o próximo estágio da pesquisa exigirá encontrar um processo químico real para confirmar sua ligação. Nesse caso, essa pode ser uma descoberta importante, já que um segmento cada vez maior da população do Japão está entrando na velhice, e uma solução dietética simples para mantê-los o mais afiados possível seria o ideal.