A realidade das mães no Japão: excesso de trabalho e de responsabilidades

a tarefa de mães no Japão vai muito além do que simplesmente por as crianças no mundo. Muitas delas, por mais que tenham companheiros, são tidas como as únicas responsáveis pelos filhos. Dessa maneira, é como se ter filhos fosse praticamente uma responsabilidade das mães.

Soma-se a essa questão, o fato de que as mães também precisam trabalhar, além de terem de cuidar da casa em amplo sentido, desde a manutenção da casa, como também da dispensa e da economia doméstica.

Logo, ser mãe no Japão é um verdadeiro desafio. Conheça mais aqui sobre como as mulheres no país ainda sofrem muito com a sobrecarga de trabalhos. Além disso, elas ainda não são reconhecidas pelos seus esforços e nem há avanço pela luta de igualdade entre pais e mães.

A realidade das mães no Japão

Embora o mundo esteja passando por uma série de mudanças que respeitam os direitos da mulheres, o Japão ainda está muito longe de chegar a uma igualdade mínima. No país, por exemplo, ainda é permitido que as mulheres recebam menos que os homens.

Além disso, são comuns os casos em que mulheres não são contratadas por empresas porque elas podem acabar tendo filhos.

Parece que o governo japonês também não tem tanta preocupação em conseguir fazer com que as mulheres entrem no mercado de trabalho com tranquilidade. Dessa maneira, é muito difícil encontrar uma vaga em uma creche pública. Dessa maneira, as mulheres que não podem pagar por uma creche, acabam tendo de ficar em casa.

Você pode estar pensando, mas e os pais? Bom, os pais não possuem tanta responsabilidade assim pelas crianças. Eles apenas precisam trabalhar fora de casa e cabe à mãe o papel social de cuidar dos filhos.

Mas, também não é só uma questão de se ter mais creches. As próprias instituições de ensino também esperam que as mulheres sejam participativas. Muitas reuniões acontecem durante a semana e as mães precisam estar presentes, pelo menos é isso que se espera.


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As mães no Japão e a relação com os pais

As gerações de pais mais jovens começaram a dividir um pouco das responsabilidades. Dessa maneira, hoje em dia já é possível ver alguns homens levando seus pré-escolares para o hoikuen (creche) pela manhã. N

o entanto, embora o Japão tenha leis para fornecer licença de paternidade (legalmente, todo pai tem direito a ela), apenas cerca de 3% dos pais realmente a tiram e, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, a licença geralmente dura cerca de 10 dias. 

Em uma cultura empresarial em que a alta administração masculina provavelmente está acostumada a delegar questões da casa e de pais às esposas, ainda é difícil para os homens mais jovens indicarem que gostariam de colocar suas famílias em primeiro lugar. Portanto, mesmo que esteja avançando um pouco a questão das mulheres mães no país, ainda não é um avanço rápido ou suficiente para diminuir a sobrecarga das mulheres.