Apagão no Japão: país pode ter constante falta de energia neste ano

O apagão no Japão remonta a uma crise energética que ocorreu depois do tsunami que atingiu o país em março de 2011. Mais de 10 anos depois, o governo e a rede privada de fornecimento de eletricidade não conseguiram achar uma solução para esse problema.

Além disso, a energia é vital para qualquer país para que a sua produção continue, ainda mais em um momento em que o mundo está saindo de uma crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus.

Veja aqui mais como está a situação da energia elétrica no país e como Tóquio, a capital do país, já está sentindo os reflexos da ausência de eletricidade.

Apagão no Japão e os problemas decorrentes do tsunami e terremoto de 2011

Assim, a terceira maior economia do mundo tem funcionado com um suprimento menor de eletricidade desde o triplo colapso da usina nuclear nº 1 de Fukushima, em março de 2011, que fechou seus reatores nucleares.

As reformas do mercado nos próximos 10 anos, destinadas a aumentar a segurança do fornecimento e tornar a rede mais limpa, levaram as concessionárias a aposentar usinas ineficientes e sujas, reduzindo ainda mais os recursos.

Quando um enorme tsunami atingiu a instalação nuclear de Fukushima, houve o desligamento da energia dos sistemas de refrigeração e levou ao colapso de três núcleos de reatores.

Logo após, o Japão teve de lidar com uma diminuição de 30% de suas necessidades de eletricidade.

Com os 54 reatores desligados, o país tentou montar um plano para retomar a produção de eletricidade. Apenas 10 reatores foram reiniciados sob as regras de segurança pós-Fukushima devido à forte oposição pública e a um processo regulatório complicado. A energia nuclear agora fornece menos de 10% da eletricidade do Japão. O que pode até mesmo ser tido como uma boa notícia para a segurança do país em relação aos danos da energia nuclear.

A outra parte da energia fornecida ao país foi substituído por uma mistura de gás natural, carvão e instalações solares.

Entretanto, transição energética e os desastres naturais estão lançando novos desafios às concessionárias, esticando as redes e provocando apagões que ameaçam as economias, especialmente aquelas com poucos recursos e isoladas como o Japão.

Com a rede do Japão tão esparsa, as possibilidades de um futuro terremoto, eventos climáticos extremos ou interrupção no fornecimento de combustível podem desencadear outra falta de energia mesmo depois que essa crise imediata passe. Portanto, podemos dizer que a crise energética no país não há uma previsão de ser realmente finalizada.


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O futuro do apagão no Japão

Embora o governo diga que o fornecimento  de energia esteja aumentando, não significa que há um alívio em relação às possibilidades de um apagão.

Várias usinas a carvão podem permanecer desligadas por meses, já que as máquinas para carregar o combustível nas instalações foram danificadas por terremotos recentes.  Isso significa que o Japão precisará comprar gás natural , o que não é uma tarefa fácil, já que o combustível está enfrentando uma escassez de oferta global.

A visão de longo prazo não parece muito melhor. O esforço do Japão para reduzir drasticamente a dependência de combustíveis fósseis deixará uma lacuna que as energias renováveis que ​​não poderão ser solucionadas pelos próximos anos, já que o governo japonês pretende acabar com toda a energia fóssil até 2030.