Uma estudante japonesa resolveu acabar com sua própria vida após não aguentar mais uma sequência de bullying que sofria na escola em que estudava.
O que mais chocou a todos foi o modo como ela decidiu retirar a sua vida, por meio do congelamento na neve. Mesmo com todos os indícios de que a menina cometeu tal ato por conta do bullying que sofria na escola, a diretoria de onde ela estudava declarou que não seria esse o motivo.
Isso aumentou o debate no Japão da possibilidade de negligência das próprias escolas com essa violência cotidiana que é o bullying e que vitima inúmeras crianças e jovens durante todo o ano levando até a todos como esse do suicídio.
Conheça aqui mais sobre esse terrível caso.
Estudante japonesa não aguenta mais o bullying e se mata
Esse terrível caso aconteceu na prefeitura de Ashikawa, em Hokkaido, localizado ao norte do Japão. Como se sabe, ali é uma das regiões mais frias do país.
A menina tinha 14 anos, Saaya Mirose, foi encontrada congelada em março de 2021. Até março de 2022 a escola negava que ela teria cometido tal ato por conta de bullying. Entretanto, um comitê foi levado para a escola para investigar se a menina teria sofrido algum tipo de injúria.
Esse comitê, foi formado e respondia para o Conselho Municipal de Educação de Asahikawa. A menina era uma estudante do segundo ano do ensino médio e de acordo com o relatório montado pelo comitê, ela sofreu sim bullying. E, como dito no relatório, “há fatos que podem ser reconhecidos como bullying”.
Os resultados da investigação pelo comitê foram enviados para a família da menina e, futuramente, serão divulgados mais dados sobre o que ela sofria.
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A posição da escola sobre a estudante japonesa
Como dito anteriormente, a posição da escola em que a menina estudava, é a de que ela não haveria sofrido qualquer espécie de bullying. Entretanto, como o relatório mostra, a escola não conseguir perceber que algo estava acontecendo.
Dessa maneira, a investigação anulou a conclusão inicial do conselho de educação e da escola de Hirose de que seu caso “não poderia ser reconhecido como bullying”. O superintendente do conselho, Shinichi Kurowarabi, comentou: “Como integrante do conselho de educação, aceitamos seriamente o fato de que o bullying não foi reconhecido na época. Gostaríamos de nos esforçar ao máximo para recuperar a confiança no futuro”.
Como o conteúdo relatado pela escola diferia muito do que havia sido coberto pela mídia, o conselho de educação em abril de 2021 reconheceu as circunstâncias de Hirose como um “caso sério” sob a Lei de Promoção de Medidas para Prevenir o Bullying. Foi por conta disso que uma investigação por um comitê de terceiros foi lançada para examinar as respostas dadas pelos educadores na época.
Sendo assim, foi fundamental, neste caso, a participação da mídia para que o caso fosse investigado novamente.