Os rituais budistas no Japão são os mais variados possíveis. Entretanto, normalmente, eles se tratam mais de trazer algum benefício para um ser humano, não para um animal.
Entretanto, como as pessoas cada vez mais são acompanhadas de pets e os humanizam cada vez mais, os templos budistas também começaram a fazer rituais funerários para esses bichinhos. Afinal de contas, são seres que acompanharam a vida das pessoas por anos e deram muito amor. Logo, torna-se importante para muitas delas fazer um ritual de passagem de acordo com os preceitos budistas.
Os rituais budista no Japão para a morte dos animais
Os sacerdotes budistas, normalmente, fazem orações fúnebres para seres humanos. Entretanto, cada vez mais eles estão ampliando esse atendimento para os animais também.
Isso tem acontecido porque cada vez mais os animais de estimação ganharam importância em nossas vidas. Além disso, no Japão, cada vez mais eles estão passando por um processo de humanização, é possível até mesmo ver pessoas ricas levando seus animais de estimação em carrinhos de bebês para passear.
Portanto, não é de se estranhar que elas possam pagar por esse tipo de serviço.
Dessa maneira, há as orações do aniversário de morte do 49º dia. Elas são essenciais para a reencarnação dos mortos que, pela doutrina, se diz que ocorre nesse dia.
Além disso, as lojas de acessórios funerários budistas agora têm seções especiais para produtos para animais de estimação. E cada vez mais há o aumento da procura por serviços de cremação e outros acessórios para fazer esses rituais.
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Os rituais budistas no Japão e os animais
O budismo tem, historicamente um história relacionada com os animais. A trajetória de vida de Sidarta Gautama, o príncipe indiano que abdicou de sua imensa riqueza e tornou-se o Buba, é cheia de encontros com animais.
Além disso, sempre o budismo professou o respeito aos animais e à natureza.
No Japão, essa relação com os animais e o budismo é muito estreita até hoje. Os templos budistas têm historicamente realizado rituais para resgatar animais. Muitos templos ainda realizam cerimônias anuais em que libertam animais que estão presos em cativeiros.
A maioria das seitas budistas ao longo dos séculos pelo menos tentou impor uma dieta que não inclui animais.
Assim, uma maneira tradicional de apontar a hipocrisia em um monge é chamá-lo de namagusa (cheirando a carne ensanguentada).
Certamente, houve algum retrocesso histórico entre os budistas leigos que se abstêm apenas de comer animais de quatro patas. Os apóstatas incluíam facções do público que categorizavam os coelhos como pássaros comestíveis de duas pernas. Afinal, os coelhos quase voam, e suas orelhas são como asas, tornando-os um jogo justo e uma mesa aceitável.
De acordo com a doutrina budista japonesa e a prática passada, não há razão para um cão ou gato receber melhor tratamento do que um coelho, macaco, vaca, porco ou peixe. Todos são animais e merecem ser respeitados.
Fonte: Japan Today.