De acordo com o o Relatório Mundial da Felicidade, o Japão não é feliz.
O relatório é feito a partir de uma medição da felicidade que é realizada pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Assim, o que será que faz o Japão não ser considerada como uma nação feliz? Afinal de contas, como pode um apís de primeiro mndo e com baixíssimas taxas de criminalidade não ser feliz?
Veja aqui o que traz o relatório.
O Japão não é feliz, alega a ONU
A nação ficou em 54º lugar entre os 146 países e regiões cobertos pelo relatório relacionado à ONU, dois pontos acima da pesquisa anterior, mas, no entanto, um dos mais baixos entre as economias desenvolvidas.
O Japão possui uma taxa de criminalidade notoriamente baixa, uma alta expectativa de vida e é a terceira maior economia do mundo em termos de produto interno bruto (PIB). Obviamente, que nenhum país é 100% perfeito, assim o Japão também possui questões sociais e estruturais que levam a taxas de suicídio comparativamente altas, diferenças salariais de gênero e jornadas de trabalho notoriamente longas que ocasionalmente se manifestam em karōshi, ou morte por excesso de trabalho.
E, no entanto, por que uma nação próspera conhecida por suas ruas e redes de transporte seguras e limpas, educação acessível e assistência médica universal tem uma classificação tão baixa quando se trata de opiniões pessoais sobre felicidade e bem-estar?
De acordo com o relatório da ONU, basicamente, tudo se resume a características culturais, religiosas e geográficas que afetam a maneira como seu povo se sente sobre a qualidade de suas vidas, dizem os especialistas, percepções que estão mudando à medida que milhões de japoneses reavaliam suas prioridades em meio à pandemia.
Assim, o que será que leva a essa não felicidade?
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Por que o Japão não é feliz de acordo com os especialistas?
“Estudos mostraram que os japoneses tendem a ser muito preocupados e exigentes com detalhes”, diz Takashi Maeno, professor da Universidade Keio e um dos maiores especialistas em bem-estar do Japão. “No lado positivo, essas qualidades ajudaram o Japão a construir uma sociedade muito sofisticada. No lado negativo, as pessoas tendem a ser excessivamente conscientes das normas sociais e de como são percebidas pelos outros.”
Maeno diz que essas características se refletiram em práticas trabalhistas distintas, incluindo o sistema de emprego vitalício e o shūkatsu, o processo anual de busca de emprego que determina onde os graduados universitários começarão suas carreiras, muitas vezes permanecendo pelo resto de suas vidas.
“Esse sistema funcionou bem durante os anos de expansão econômica do Japão, pois oferecia aos trabalhadores estabilidade e uma sensação de segurança – semelhante a pertencer a uma aldeia onde todos cuidavam uns dos outros”, diz Maeno.
Mas quando a bolha dos preços dos ativos estourou no início da década de 1990 e o Japão entrou em um longo período de estagnação, as coisas começaram a mudar.
Em resposta à tensão econômica resultante da recessão prolongada, os líderes do país pressionaram por reformas em todo o mercado de trabalho. Essas desregulamentações levaram a cortes de custos corporativos e a um grupo crescente de trabalhadores temporários e contratados mal pagos, que agora representam mais de um terço da força de trabalho.