Ter uma intoxicação alimentar no Japão pode frustrar as férias de turista pelo país. Ou até mesmo pode acabar com a viagem a trabalho de alguém que foi até lá para fechar um negócio.
Além disso, é sempre um terrível incômodo ter uma intoxicação alimentar. Entretanto, isso tem se tornado muito comum no Japão por conta da alimentação à base de peixe cru e um parasita que é possível de ser encontrado nele.
Assim, veja aqui um dos maiores riscos que você pode ter ao comer um peixe cru no Japão e como evitar.
Intoxicação alimentar no Japão por conta de anisakis aumenta
O número de casos relatados de intoxicação alimentar causada por Anisakis, um parasita que é levado ao corpo humano ao comer sashimi, está aumentando no Japão.
Para se ter uma noção, já em 2018, tornou-se a principal causa de intoxicação alimentar no país. Anisakis é um parasita assustador que morde as paredes do estômago e dos intestinos, causando fortes dores e náuseas devido a reações alérgicas.
Em 2013, houve 88 casos de intoxicação alimentar no Japão por Anisakis, 9,5% do total, mas em 2017, o número ultrapassou 200 casos.
E o parasita atinge qualquer um. Assim, uma série de relatos de intoxicação alimentar por Anisakis por celebridades em 2017 ajudou a aumentar a conscientização sobre a infecção intestinal. Por exemplo, a personalidade da TV Naomi Watanabe relatou no Twitter que estava com “dor forte” e lembrou: “Chorei no hospital”.
A intoxicação alimentar causada por Anisakis supera a campylobacter encontrada principalmente em frangos e o norovírus, em número de casos, e é responsável pelo maior número de surtos desde 2018. Por conta disso, há uma lista quilométrica em que constam os nomes dos restaurantes que foram fechados por terem provocado essa intoxicação em seus clientes.
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Como evitar a intoxicação alimentar no Japão por peixe cru
Durante seu ciclo de vida, Anisakis é encontrado no estômago e intestinos de humanos que comeram peixe cru.
De acordo com estudiosos, a anisaquíase apareceu pela primeira vez em registros escritos em 1876 com um caso na Groenlândia, no Círculo Polar Ártico. Posteriormente, as pessoas que comiam arenque salgado na Holanda nas décadas de 1950 e 1960 desenvolveram a doença uma após a outra. O primeiro caso foi relatado no Japão nessa época.
Entretanto, hoje em dia já há um maior conhecimento sobre o parasita e como evitar uma contaminação. Para evitar a anisaquíase, o Ministério da Saúde recomenda congelar o peixe a menos 20º C por pelo menos 24 horas ou aquecê-lo a 60º C por pelo menos 1 minuto.
Além disso, o Anisakis se movem dos órgãos internos para os músculos quando os peixes morrem. Dessa maneira, é possível procurar nematóides com os olhos para removê-los. Portanto, é fundamental que ao consumir o peixe olhe para ele com cuidado para ver se há alguma espécie de larva nele. Oo ministério também pede a remoção dos órgãos internos imediatamente após a captura dos peixes para evitar a proliferação do parasita.
Fonte: Mainichi.JP.