Ultraprocessados no Japão: japoneses estão se alimentando pior que brasileiros

Os alimentos ultraprocessados no Japão podem ser encontrado com relativa facilidade. Em qualquer mercado e também em qualquer loja de conveniência – os kombini – com certeza haverá prateleiras com macarrões instatâneos além de deliciosos snacks como salgadinhos e seus derivados.

A facilidade de uma alimentação dessa aliada com a correria de muitos japoneses, está fazendo com que a saúde dos japoneses tenha piorado. Um país que sempre se orgulhou de ter altas taxa de expectativa de vida, agora está tendo de lidar com os problemas que uma alimentação desse modo pode trazer.

Confira mais aqui sobre essa realidade.

Os alimentos ultraprocessados no Japão

Não é exagero dizer que o futuro nutricional do Japão está em risco.

Vale ressaltar que não se trata de dizer que os ultraprocessados são os vilões, mas sim que o seu excesso pode trazer graves riscos à saúde.

A proliferação de refeições e lanches instantâneos, embalados, prontos para comer e fáceis de pagar atende às necessidades de pessoas muito ocupadas para cozinhar, mas que estão muito ativas para saborear sabores delicados no lazer. Além disso também são ótimas refeições para quem está com algum tipo de dificuldade ou pressão financeira e não consegue pagar por produtos de qualidade superior.

Também pode ser alguém solitário e desinteressado na preparação meticulosa da refeição para somente uma pessoa

Quando pensamos no Japão e em qualquer outra lugar do mundo, certamente encontraremos algum desse tipo de pessoas.

E a resposta para a necessidade de se alimentar dessas pessoas pode estar em uma simples refeição instantânea e que é cheia de gordura e sódio.

De acordo com a revista Nihon Agricultural Newspaper, o Japão pode estra diante de uma verdadeira crise nutricional. “Não dá para acreditar no que os japoneses comem”, diz a revista. Há o crescente vício em “alimentos ultraprocessados” – produtos alimentícios misturados com sabores artificiais, conservantes, óleos, gorduras e hormônios que o corpo humano não evoluiu para tolerar.

O corpo, enganado na satisfação ou chocado na submissão, é passivo a princípio, depois inquieto, finalmente talvez rebelde. Acredita-se que as consequências a longo prazo incluam riscos aumentados de câncer, demência, depressão e doenças hepáticas. Estamos jogando com apostas altas.


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Alimentos ultraprocessados no Japão são mais consumidos do que no Brasil

O Japão ocupa uma posição intermediária entre os países prósperos: 38% de sua dieta consiste em alimentos ultraprocessados, significativamente menos do que os EUA (59%) e Canadá (48%), significativamente mais do que a Coreia do Sul (27%) e Brasil (20 por cento).

Como se estar nessa posição não bastasse, o número de pessoas que consomem ultraprocessados no Japão está aumentando, principalmente entre jovens.

Mas está aumentando – especialmente entre os jovens. Portanto, o futuro nutricional do Japão ainda é muito incerto. Desenvolvimento econômico, conhecimento médico e domínio tecnológico não são garantia, ao que parece, contra a desnutrição. E por mais que não se tenha pessoas passando fome no Japão, como no Brasil, a nação pode se tornar desnutrida no sentido dos japoneses não comerem os macro e micronutrientes necessários para serem saudáveis.

Fonte: Japan Today.