Taxa de fertilidade no Japão: uma crise silenciosa em andamento
Em 2022, pelo sétimo ano consecutivo, a taxa de fertilidade no Japão diminuiu, segundo dados do governo. O país enfrenta uma queda rápida e constante na taxa de natalidade, uma tendência preocupante que gera impactos profundos na sociedade.
A quantidade de bebês nascidos no Japão no último ano também caiu pela sétima vez consecutiva, atingindo um número abaixo de 800.000 pela primeira vez desde 1899. O número total foi de 770.747, uma queda de 40.875 em comparação ao ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar.
Aceleração na queda dos nascimentos
O ritmo de queda no número de nascimentos tem se acelerado nos últimos anos. No entanto, em 2022, a taxa de fertilidade – o número médio de filhos que uma mulher é estimada a ter durante a vida – caiu para 1,26. Esse número está em paridade com o recorde de baixa em 2005.
A queda na taxa de natalidade é atribuída, em grande parte, ao atraso na decisão de ter filhos devido à pandemia de COVID-19. Além disso, a tendência ao atraso dos casamentos e a queda no número total de uniões também são fatores citados, já que no Japão é incomum ter filhos fora do casamento.
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Apesar dos desafios, o governo japonês está atento à situação. O primeiro-ministro Fumio Kishida propôs um plano para impulsionar o “suporte inigualável” à criação de filhos. No entanto, a eficácia dessa estratégia ainda está sendo questionada. Afinal, a taxa de fertilidade do Japão se recuperou para 1,45 em 2015, mas tem estado em declínio desde 2016.
Fonte: KYODO