Quando o Japão assinou a rendição na segunda guerra mundial, foi exigido que todas as armas fossem entregues, incluindo espadas japonesas das pessoas comuns.
Embora nem todas fossem um tesouro nacional (kunimune), como a inestimável espada Honjo Masamune, a maioria eram tesouros familiares (kaho).
As famílias japonesas tinham antigas espadas mantidas de geração em geração decorando a casa naquela época. Não eram armas de guerra, mas representavam a ancestralidade e tinham valor simbólico.
Oficialmente foram confiscadas 5 mil espadas pelos militares para serem destruídas. No entanto, além das katanas não contabilizadas, muitas foram levadas pelos americanos como troféu para casa.
Kaho
Durante a guerra, as espadas eram produzidas em massa para abastecer os soldados do exército imperial do Japão.
No entanto, as famílias ofereciam a espada Kaho ao filho convocado para a guerra como um símbolo de proteção.
Então, muitas das espadas confiscadas pelos EUA eram peças únicas de valor inestimado. São tesouros que estiveram presentes durante eras nas famílias japonesas.
Houve uma grande revolta por essa condição, mas não havia nada o que pudesse ser feito. Pessoas influentes, curadores de museus e colecionadores fizeram um apelo para explicar que essas espadas não eram armas, mas representavam a hereditariedade japonesa. No entanto, não foram devolvidas.
Honjo Masamune
A famosa espada Honjo Masamune é uma das peças mais antigas do Japão. Seu artesão foi Goro Nyudo Masamune.
Ele nasceu por volta do ano 1264 e aprendeu o ofício com Shintogo Kunimitsu, um mestre da confecção de espadas. Como resultado de seu trabalho, o Imperador japonês Fushimi o declarou como seu chefe ferreiro.
As espadas criadas por Masamune eram utilizadas somente pelos melhores bushis do Japão. Ele tinha atingido uma técnica perfeita. Ninguém conseguiu replicar seus resultados e por isso suas espadas tem valor inestimável até os dias atuais.
Ele desenvolveu uma técnica de forja de espadas com mais de 30.000 camadas. A lâmina era afiada na parte externa. No interior era forte e servia como proteção. Eram leves, flexíveis e penetravam a armadura do inimigo com facilidade.
Na batalha de Kawanakajima em 1561, a espada Honjo Masamune foi batizada por causa do general Honjo Shigenaga.
No entanto, sem dinheiro, vendeu a espada lendária por 13 moedas de ouro e foi parar nas mãos de Tokugawa Ieyasu.
Ela foi símbolo do poder do shogunato de Tokugawa e foi passada de geração em geração por séculos. Em 1939 foi considerada tesouro nacional e tinha mais de 700 anos.
Ficou em posse da família até o fim da segunda guerra mundial. Desde então, está desaparecida e não há informações sobre seu paradeiro.
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O destino das espadas
Algumas espadas apreendidas pelos EUA tecnicamente estão na base militar de Akabane em Tokyo, conhecido como Akabane-to (espadas de Akabane).
No entanto, não se sabe quantas foram levadas por soldados americanos e enviadas para outros países aliados como Reino Unido e França, por exemplo. além disso, muitas foram derretidas.
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