Pastel de feira e os japoneses: uma invenção dos imigrantes?

O pastel de feira e os japoneses parecer ter uma estreita ligação. Afinal de contas, é comum ter um japonês em um estabelecimento de venda de pasteis.

Em estados como São Paulo e Paraná, que receberam muitos imigrantes no começo do século XX, isso é ainda mais comum. Mas, se não temos notícias dos pasteis como conhecemos serem vendidos no Japão, por que ele é feito por descendentes no Brasil?

Conheça aqui um pouco mais dessa história que envolve tanto a imigração, como também uma das frituras mais saborosas que existe!

Pastel de feira e os japoneses

Não se sabe ao certo de onde teria derivado o pastel de feira como conhecemos hoje em dia e que é muito popular, principalmente em São Paulo.

A disputa está em saber se o pastel teria derivado do gyoza ou do harumaki. Ambos são frituras que podem ter diversos recheios. Entretanto, o primeiro seria de origem japonesas e derivado do segundo.

O harumaki, conhecido também como bolinho primavera no Brasil, por sua vez, é derivado da China. Assim, não se sabe bem ao certo qual seria o ancestral dos pasteis.

Mas, o que é fato, é que foram os japoneses e suas famílias no Brasil que começaram a fazer esse saboroso salgado.


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O pastel de feira e os japoneses: como inventaram?!

A questão que você deve estar se fazendo é como que os japoneses tiveram a ideia de fazer o pastel. Bom, é preciso recordar antes o contexto pelo qual o Brasil passava durante a II Guerra Mundial. Mais para o final da guerra, o Brasil acaba se aliando aos Estados Unidos da América.

Ou seja, o Brasil combatia tanto os nazistas alemães, como os facistas na Itália e o Império Japonês.

Muitos japoneses eram perseguidos por brasileiros e pelas autoridades do país sob a acusação de serem espiões e estarem ajudando o seu país natal.

Esse preconceito se perpetuou até mesmo depois da II Guerra Mundial.

Assim, para conseguir driblar o preconceitos, os japoneses começaram a montar pastelarias. Essas eram tradicionalmente chinesas. Mas se tratavam de estabelecimentos para vender diversos pratos. Assim, começaram a fazer uma adaptação do harumaki ou o gyoza que derivou no pastel que tornou-se ainda mais popular ao estarem sempre nas feiras.

Os pasteis de feira hoje em dia

Obviamente que muita coisa já mudou desde essa época. Mas, ainda é possível achar, principalmente em São Paulo, barracas de feira de pasteis em que todos os funcionários são japoneses.

Algumas barracas, por sua vez, só possuem o nome do estabelecimento com um sobrenome japonês, mas todos os funcionários não possuem descendência. Isso só mostra como os japoneses foram importantes para essa sensacional fritura. Podem ver também como até hoje essa comida, mesmo que não seja tradicionalmente japonesa, está no imaginário das pessoas como algo ligado a japoneses.