Relembre Tina Turner: história e momentos épicos da rainha do rock no Japão

Tina Turner, uma das maiores divas do palco e da música, faleceu aos 83 anos. Nascida como Anna Mae Bullock em um hospital segregado do Tennessee, ela superou adversidades inimagináveis para se tornar uma das maiores artistas do século. Seu legado, marcado por sucessos de tirar o fôlego e performances espetaculares, continua vivo.

A ascensão da Rainha do Rock

Tina e Ike

Tina, juntamente com seu ex-marido Ike Turner, produziu uma série de hits memoráveis nas décadas de 1960 e 70, incluindo a icônica “What’s Love Got to Do With It”. Ela foi aclamada não apenas por sua voz inconfundível, mas também por sua presença de palco carismática, inspirando artistas como Mick Jagger, Beyoncé e Mariah Carey.

Contudo, por trás dos holofotes, Tina suportava uma relação abusiva com Ike. Após 20 anos de abusos físicos e emocionais, ela conseguiu se libertar e se reinventar como uma estrela solo. Mesmo após a separação, Tina continuou a brilhar, vendendo mais de 150 milhões de discos em todo o mundo e ganhando 12 prêmios Grammy. Sua jornada inspiradora tornou-se a base de um filme, um musical da Broadway e um documentário da HBO.

Tina Turner: uma voz contra o abuso doméstico

Turner foi uma das primeiras celebridades a falar abertamente sobre abuso doméstico, tornando-se um símbolo de resistência. Ela narrou sua terrível experiência no livro “I, Tina”, onde relata os horrores vividos ao lado de Ike. Mesmo após sua morte em 2007, o legado de Tina não se resumiu apenas à música, mas também à sua luta contra o abuso doméstico.

No final, a vida de Tina Turner pode ser descrita como uma mistura de triunfos e tragédias. Ela navegou por tempestades para emergir como uma figura resiliente e inspiradora. Mesmo após sua morte, seu legado continua vivo, ressoando em cada nota e cada palavra de suas inesquecíveis canções.

Tina Turner com Mel Gibson no filme Mad Max – Além da Cúpula do Trovão

Em uma época em que muitos de seus colegas de profissão estavam em declínio, Turner tornou-se uma estrela solo na casa dos 40 anos e continuou sendo um grande atrativo para shows durante muitos anos. Entre seus grandes sucessos estavam “Proud Mary”, “Nutbush City Limits”, “River Deep, Mountain High”, além dos hits dos anos 80, como “What’s Love Got to Do with It”, “We Don’t Need Another Hero” (tema do filme Mad Max – Além da Cúpula do Trovão) e sua versão para “Let’s Stay Together” de Al Green.


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Um ícone da resistência

No final dos anos 70, a carreira de Turner parecia ter chegado ao fim. Ela tinha 40 anos e seu primeiro álbum solo não teve sucesso. Entretanto, astros do rock como Rod Stewart e Mick Jagger a ajudaram a retomar a carreira.

Seu álbum “Private Dancer”, lançado em maio de 1984, vendeu mais de oito milhões de cópias e apresentou vários singles de sucesso, incluindo a música título e “Better Be Good To Me”. O álbum ganhou quatro Grammys, entre eles o de gravação do ano para “What’s Love Got to Do With It”, música que definiu a imagem resiliente de seus anos pós-Ike.

Um dos momentos inesquecíveis foi a colaboração com Bryan Adams com a música It’s Only Love:

Outro momento mágico, principalmente para os brasileiros, foi o encontro em 1993 da diva com Senna celebrando sua última vitória na F1:

Tina e o Japão

CD Private Dancer e cartaz da turnê de Tina em Osaka 1988

Tina Turner sempre manteve um carinho especial pelo Japão, país onde foi muito bem recebida durante suas turnês e que significou um refúgio emocional durante períodos difíceis de sua vida. Ela frequentemente expressou sua admiração pela cultura japonesa, sendo particularmente atraída pela filosofia e práticas budistas, que se tornaram um componente crucial de sua vida pessoal e carreira artística.

Turner também ficou conhecida por incorporar elementos do Kabuki, a tradicional arte teatral japonesa, em seus shows, como uma forma de homenagear a cultura do país. Sua conexão com o Japão foi tão profunda que, em 1996, ela gravou “GoldenEye”, música-tema do filme de James Bond de mesmo nome, com a Orquestra Sinfônica de Tóquio, destacando ainda mais a forte ligação que a cantora mantinha com o país.

Tinar Turner cantando What’s Love Got To Do With It em 1985

Tina Turner & Mick Jagger no Tokyo Dome em 1988 (It’s only Rock ‘n’ Roll)

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Fonte: Japan Today