No Brasil, o termo mãe-coruja refere-se a uma mulher dedicada e zelosa quanto aos cuidados com o bem-estar de seu filho. No Japão são conhecidas como Kyoiku Mama em um termo que busca explicar esse estereótipo que já foi muito comum no país.
Kyoiku Mama
O ingresso das mulheres japonesas no mercado de trabalho pelo womenimics de Shinzo Abe é um fenômeno recente, portanto, os papéis sociais no país sempre foram muito bem definidos.
Aos homens era responsabilidade de sustentar a casa e a família e as mulheres ficavam com o dever de cuidar da casa e da criação dos filhos. Foi assim por muito tempo e sem exceções.
No entanto, a desigualdade de salários e oportunidades ainda são evidentes e muitas acabam saindo do mercado de trabalho após a maternidade.
Por isso, ainda é possível encontrar mulheres que dedicam integralmente suas vidas para o sucesso de seus filhos.
Sem tempo a perder
O Japão é uma sociedade altamente competitiva e a preparação para a vida adulta (o mercado de trabalho) começa desde cedo.
As supermães mais abastadas são as que buscam o maternal mais renomado para seus filhos, mesmo que isso custe uma fortuna.
Controle
Tudo é planejado minimamente e tudo deve sair de acordo com seus planos. Também são conhecidas pela rigidez e disciplina de estudo imposta aos filhos. O desejo é que eles tenham uma carreira de sucesso.
Planejamento
Todos os passos são meticulosamente planejados. Qual escola irá, que universidades deverá ingressar, o curso que fará, enfim, o trabalho é cuidar para que tudo saia conforme os planos traçados.
Aliás, o melhor momento para ver as kyoiku mama é durante os exames para as universidades japonesas. Elas são conhecidas por acompanhar seus filhos de 17 anos com direito a mão dada.
Essas mulheres abdicam de todos os aspectos de sua vida pessoal e acabam querendo controlar a vida de seus filhos também.
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Mudanças
Kyoiku mama é um termo que retrata um estereótipo que já foi comum no Japão e era atribuído ao grande sucesso dos jovens japoneses com benefícios na economia do país. Afinal, esses jovens eram brilhantes, obstinados, educados e obedientes.
No entanto, acabou ganhando conotação negativa pelos efeitos negativos na vida das crianças. Virou a imagem da mãe que não dá espaço para seu filho, exige muito e acaba prejudicando o desenvolvimento emocional.
Elas desejam o melhor, mas acabam não sendo flexíveis e a pressão acaba afetando a criança causando suicídio ou frustrações.