Tratamento cruel em detenção no Japão é revelado após morte de estrangeira

Recentemente, foram divulgadas imagens de câmeras de segurança mostrando Ratnayake Liyanage Wishma Sandamali, uma cidadã do Sri Lanka, antes de sua morte em um centro de detenção no Japão. A divulgação ocorreu na quinta-feira e foi realizada pelos advogados que representam a família de Wishma.

Dentre as 5 horas de gravação, aproximadamente 7 minutos foram exibidos em uma coletiva de imprensa em Tóquio. As imagens mostram Wishma, de 33 anos, no Centro Regional de Serviços de Imigração de Nagoya, em março de 2021.

Cenas chocantes reveladas da morte de estrangeira

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Algumas cenas do vídeo, gravadas menos de duas semanas antes da morte de Wishma, a mostram deitada na cama, implorando aos oficiais para levá-la ao hospital. Ela afirmava não conseguir se mover ou comer.

Outras imagens mostram um oficial e uma enfermeira conversando alegremente enquanto cuidam de Wishma, que gemia de dor. No dia de sua morte, um oficial tenta acordá-la, sem sucesso, após relatar pelo interfone que seus dedos estavam frios.

Wayomi, irmã mais nova de Wishma, com 30 anos, expressou seu desejo na coletiva de imprensa: “Quero que o povo japonês saiba como minha irmã sofreu e foi deixada para morrer em um ambiente onde não havia ninguém para ajudá-la”.

Embora a família de Wishma e alguns membros do parlamento já tenham assistido ao vídeo, esta foi a primeira vez que parte dele foi disponibilizada ao público.


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Wishma chegou ao Japão em 2017 como estudante e foi detida em agosto de 2020 por exceder o prazo de seu visto. Ela morreu em 6 de março de 2021, após sofrer com vômitos e dores de estômago por cerca de um mês.

A morte de estrangeira gerou indignação nacional, fazendo com que o governo recuasse em uma proposta de lei que revisava as regras para estrangeiros em processo de deportação, incluindo requerentes de asilo. No entanto, o governo reapresentou o projeto na sessão atual do Parlamento.

A família de Wishma busca indenização do governo, alegando que ela foi detida ilegalmente e morreu devido à falta de cuidados médicos necessários.

Fonte: Kyodo News