Kyoto quer cobrar mais de turistas para usar ônibus

Ah, Kyoto! Terra de templos, sakuras e… tarifas mais altas de ônibus para turistas?

Exato, pegar ônibus em Kyoto pode ficar um pouquinho mais caro para os turistas. E quando se diz “pouquinho”, leia-se: talvez seja melhor considerar pedir carona a um monge local.

Em busca de espaço e dinheiro (mas principalmente dinheiro)

A prefeitura de Kyoto está com planos de cobrar mais dos turistas do que dos moradores locais nos ônibus. O motivo? Bem, existem duas razões. Primeiro, querem reduzir a superlotação nos ônibus, o que, convenhamos, é um nobre objetivo. Mas, pera aí, existe também a questão do dinheiro. E, caros leitores, dinheiro fala mais alto. Nos últimos três anos, a companhia de transporte de Kyoto tem visto mais números vermelhos do que uma celebração do Ano Novo Chinês.

Aqui está a coisa: O prefeito de Kyoto, Daisaku Kadokawa, discursou sobre conforto e estilo de vida dos residentes. Ele disse que o objetivo não é obter mais dinheiro dos turistas. Mas, sinceramente, é difícil acreditar.

Naturalmente, aumentar as tarifas pode reduzir ainda mais a quantidade de passageiros, mas a aposta está em mais turistas surgindo como flores na primavera pós-pandêmica. Além disso, em março, Kyoto encerrou as vendas dos famosos passes de ônibus de viagens ilimitadas de um dia, que eram mais populares que sushi em festival.

O sistema revisado vai cobrar não apenas dos turistas estrangeiros, mas também de cidadãos japoneses vindos de outras regiões. Sim, a discriminação tarifária não tem fronteiras!

Agora, como eles planejam implementar isso? Uma das ideias é usar cartões de pagamento IC especiais para os residentes, vinculados a documentos governamentais. Outra é ter ônibus designados como “ônibus para turistas”, que cobrariam a tarifa mais alta.


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Existe, contudo, um obstáculo. As leis atuais proíbem discrepâncias tarifárias “irrazoáveis ou injustas” nos ônibus. A prefeitura de Kyoto apresentou sua proposta ao Ministério de Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo do governo nacional para ver se o sistema de preços de dois níveis seria permitido.

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Fonte: Kansai TV